Sesta para que (não) te quero!
Tenho andado com uma preguiça neste corpo que não se aguenta :P.
No início, desapareci do mapa porque o meu distinto marido resolveu fazer aqui um refresh ao PC e simplesmente varreu as minhas passwords para parte incerta :| Quem me conhece sabe que repudio tecnologia e fujo dela como o diabo da cruz, pelo que fiquei apeadíssima... Vai de entrar em contacto com os serviços administrativos da plataforma desta chafarica, vai de provar que estas birras são minhas, etc, etc, etc e mais de um mês se perdeu nestas andanças.
Depois foram as férias, as primeiras férias a quatro e tão boas que foram - fui partilhando mais pormemores delas e do resto no instagram, porque além de não ter perdido a pass de lá =P, é uma plataforma mais imediata permitindo que até a mais calona das pessoas (tipo eu nos últimos tempos) vá metendo ordem na casa - caso ainda não sigam, fáxabori de lá ir. Boas e cansativas, que precisava de pelo menos mais duas semanas para recuperar delas, mas pronto... Regressamos felizes, mas cansados (já disse cansados e cansativas uma data de vezes mas é mesmo pra reforçar a ideia... :P) e em cima do joelho tivemos de preparar os miúdos (e a nós) para as novas rotinas, novas escolas, educadoras, em suma: tudo novo depois de duas semanas inteirinhas com os pais.
Para Mateus foi um bocado indiferente, por que ainda é pequenino e não tem ainda muita noção das coisas. Já estava habituado a estar na escola por isso adaptou-se bem, apesar de passar de "bar aberto" 24/7 para mamar só de manhã e à noite, mas fora isso e uma constipação logo para abrir a pestana, tudo tranquilo.
Já a Madalena que, por alguma intervenção divina entrou no pré-escolar público (sim, leram bem. A nena entrou na pré pública com apenas 3 anos e sem cunhas! Vai-se a ver há mesmo menos crianças ou então a nova regra do comprovativo de morada funcionou a nosso favor...), além de refilar por não querer ir para a escola porque esteve duas semanas com os pais mais duas com os avós (que a malta que tem os filhos no público tem de garantir pelo menos mais uns 40 dias de férias por ano que os restantes mortais para garantir que não ficam sozinhos em casa, entregues a eles próprios) pois o arranque do ano lectivo foi só dia 17, teve de se integrar numa novo espaço físico, novas educadoras e auxiliares e novos amiguinhos. Tudo novo, incluindo o facto de passar a não fazer sesta.
Quando soubemos que ela tinha entrado na escola pública e que muito provavelmente não iriam haver condições para que os meninos fizessem sesta (o que se veio a confirmar) confesso que ponderamos não utilizar a vaga... Ficamos com muito receio dos efeitos disso no sono da Madalena que, já de si, nunca foi espetacular (para não dizer que sempre foi péssimo): nunca adormeceu sozinha, nunca demorou menos de 45 minutos a fazê-lo (muitas vezes comigo e com o meu marido já a perder as estribeiras e a ralharmos com ela, coitadinha) para ter vários despertares durante a noite e acabar por acordar cansadíssima, cheia de sono e rabujenta...Sendo que a sesta era o único sono que fazia voluntariamente, sem guerras.
Para terem uma noção do calibre, o irmão com apenas 1 mês já dormia melhor que ela... Mas por outro lado, já que tínhamos tido tanta sorte em conseguir vaga numa escola mesmo à porta de casa, inaugurada há pouco mais de um par de anos na qual, caso a adaptação corresse bem, ela pudesse permanecer com os mesmos aguinhinhos até ao 4º ano, fez-nos arriscar. E... foi a melhor coisa que fizemos!
A Madalena está a entrar na segunda semana sem sesta e parece outra menina: acorda super bem disposta, faz muito menos birras, porque a noite foi reparadora e já não tem sono e o melhor mesmo é que ao fim do dia demora 1 minuto a apagar, sim a apagar, ainda estou a desligar a luz depois de contar a história, já ela está com a respiração pesada! Nunca mais houve qualquer sinal de pesadelo ou despertar nocturno e andamos todos muito melhor! Ah se eu sonhasse que o truque era tirar-lhe a sesta, já o tinha feito há mais tempo!
Há crianças que por sua iniciativa deixam de querer dormir a sesta, mas esse nunca foi o caso da Madalena porque era nessa altura que ela recuperava um pouco da noite mal dormida mas que, aparentamente comprometia não só a hora de ir para a cama (que ficava perigosamente tardia para a sua idade e para a minha sanidade mental), como da qualidade do sono durante a noite.
Este relambório todo para dar esperança aos pais que penam com filhos que dormem mal: às vezes a solução está mesmo debaixo do nosso nariz! O vosso dia também chegará!!! Keep the faith! Cada criança é um caso, evidentemente, mas quem sabe se as sestas já não estarão a mais?
De resto, ficamos positivamente surpreendidos com os recursos materiais da escola (que ajuda muito ser novinha, claro) que tem imensos brinquedos didáticos de qualidade ao dispor dos pequenos, na sala de aula, tem um belissimo espaço exterior,onde aprendem a jogar à macaca por exemplo e até tem uma hortinha onde hoje estavam a "namorar" as abóboras e os tomates, quando a fui buscar. Ainda não sabe dos nomes de todos os amiguinhos mas já "adoptou" alguns ;)
E por aí? Como estão a correr esses recomeços?
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